O que é considerado rede de média tensão? Quantos kW?
A rede de média tensão é um importante componente do sistema de distribuição de energia elétrica no Brasil. Ela é responsável por transportar a energia elétrica gerada nas usinas até as áreas urbanas e industriais, onde é consumida pelos usuários finais.
Essa rede é geralmente operada por empresas de distribuição de energia, que são responsáveis por garantir o suprimento contínuo de energia elétrica para os consumidores. Elas também são responsáveis por manter a rede em bom funcionamento e por realizar reparos quando necessário.
Para garantir a segurança e eficiência da transmissão de energia, os cabos utilizados na rede de média tensão são geralmente instalados em postes, como veremos com mais detalhes a seguir. Boa leitura!
Como funciona a distribuição de energia no Brasil?
Um complexo sistema de elementos é responsável pela constituição das redes de distribuição de energia elétrica no Brasil, com o objetivo de levar a energia do local onde foi gerada até os consumidores finais.
Essas redes integram unidades geradoras, linhas de transmissão, canais de distribuição e consumidores finais de energia elétrica.
As redes de distribuição são especialmente importantes no contexto brasileiro, levando em conta as dimensões continentais do nosso país e a distância entre as unidades geradoras de energia (hidrelétricas, principalmente) e os centros consumidores.
Os grandes centros urbanos e as regiões industriais são os maiores consumidores de energia elétrica no Brasil.
Depois de produzida, a energia elétrica é inicialmente armazenada em geradores e, em seguida, transportada pelas redes de transmissão, compostas por cabos aéreos fixados em grandes torres de metal.
Até chegar ao seu destino final, a eletricidade passa por várias subestações, equipadas com transformadores que regulam a tensão elétrica de acordo com a necessidade.
Essas subestações e seus transformadores são de suma importância pois, à medida que a eletricidade se aproxima dos centros consumidores, é preciso reduzir a tensão elétrica para que a energia possa chegar às residências, empresas e indústrias sem oferecer nenhum risco.
A partir desse momento, os cabos prosseguem por via aérea (o que é mais comum no Brasil) ou subterrânea, constituindo as redes de distribuição.
À junção entre o sistema de produção e de transmissão de energia elétrica no Brasil dá-se o nome de SIN (Sistema Interligado Nacional). Composto por empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte do nosso país, é considerado o maior sistema de transmissão do mundo.
Esse sistema é responsável por integrar as diferentes regiões produtoras e consumidoras de energia, e é formado por empresas de geração, transmissão e distribuição de energia que atuam no país.
Continue a leitura para saber mais sobre a rede de média tensão.
O que é a rede de média tensão?
A tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos, medida em volts (V). É ela que provoca a circulação de corrente, fazendo as cargas elétricas entrarem em movimento.
Ou seja, na prática, a tensão de energia é o que permite que a energia elétrica seja transportada através de fios e cabos de alta resistência, como os utilizados nas redes de distribuição de energia.
Quanto maior a tensão, menor será a corrente elétrica necessária para transmitir uma determinada quantidade de energia, o que significa que menos calor será gerado pelo fio e menos perdas haverão durante o transporte.
Há, basicamente, três tipos de linhas que compõem as redes de distribuição de energia elétrica no país: de alta, média e baixa tensão. Já a potência de distribuição pode ser classificada da seguinte forma:
- Redes elétricas primárias: também chamadas de redes de distribuição de média tensão, têm o papel de distribuir a energia e abrange empresas e indústrias de médio e grande porte.
- Redes elétricas secundárias: são as redes de distribuição de baixa tensão, que incluem os consumidores residenciais, pequenos estabelecimentos comerciais e iluminação pública.
As linhas de média tensão possuem tensão elétrica entre 2,3 kV e 44 kV, e são facilmente identificadas nas ruas e avenidas das grandes cidades. Contam, frequentemente, com três fios condutores aéreos, sustentados por cruzetas de madeira em postes de concreto.
Essas redes de distribuição também contam com equipamentos auxiliares, como capacitores e reguladores de tensão. Eles servem para corrigir anomalias e oscilações que podem prejudicar a rede elétrica ou até mesmo os equipamentos dos consumidores de energia.
Alguns exemplos de consumidores que recebem energia elétrica diretamente das redes de média tensão são os supermercados, comércios e indústrias de médio porte. Cabe a eles transformá-la internamente para níveis de tensão menores.
Os principais fatores que impulsionaram a criação, integração e ampliação das redes de transmissão e distribuição de energia elétrica no Brasil foram o processo de urbanização e industrialização do país, que serviu para fomentar interesses econômicos e políticos.
O padrão de consumo e a infraestrutura do setor elétrico apontam para um maior direcionamento e concentração de recursos para os centros urbanos e para as áreas industriais, que são as regiões de maior consumo de energia elétrica.
Prossiga para o próximo tópico para conferir mais informações sobre a rede elétrica brasileira e como ela funciona.
Mais detalhes sobre a rede elétrica brasileira
O sistema de rede elétrica mais utilizado no Brasil é a aérea. Se baseia, portanto, no uso de cabos aéreos, com revestimento isolante, para o transporte da energia que advém das usinas e geradores, de modo que chegue até os consumidores.
Além disso, esse sistema também conta com a presença de grandes torres de metal, que podem comportar redes de alta, média e baixa tensão. A alternância desses níveis de tensão durante o trajeto é o que faz com que a energia elétrica chegue ao destino de maneira segura e eficiente.
Sendo assim, quando falamos de rede elétrica aérea, estamos nos referindo aos cabeamentos que vemos dentro e fora das cidades. Há, também, a rede elétrica subterrânea, que é menos comum de ser utilizada no Brasil e é estruturada abaixo do solo.
Ainda que a rede elétrica aérea seja a mais utilizada em nosso país, ela apresenta alguns pontos negativos, como a poluição visual que causa, maior demanda de manutenção (implicando em mais gastos e possível suspensão do fornecimento de energia) e exposição dos cabos às intempéries e acidentes (favorecendo o risco de rompimento e podendo causar choques).
Além disso, os cabos da rede aérea exigem certa logística para serem manuseados, o que pode demandar o fechamento de vias e a suspensão temporária do fornecimento de energia. Também oferecem riscos aos engenheiros e técnicos, que, para realizar sua manutenção, precisam trabalhar em alturas elevadas.
Apesar das suas desvantagens, a instalação de uma rede elétrica aérea é muitas vezes a principal escolha para distribuição e abastecimento de energia devido ao seu custo, que é consideravelmente mais barato do que para construir redes subterrâneas.
Isso faz com que a decisão de abandonar esse sistema não seja assim tão viável.
Cabe aos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento da rede elétrica realizar estudos aprofundados sobre as melhores estratégias para garantir a segurança e eficiência da distribuição de energia.
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